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LETRINHAS DO RDB

Possante igual a uma Lambreta - Roberto Dias Borba

  • - ROBERTO DIAS BORBA Joinvilense - jornalista. Filho de João Sotero Dias de Borba e Veronica Ida Borba. Casado com Vilma Ramos Borba. Pai de Ubiratan, Paulo César e Rubens. Nasci, me criei e conheci o esporte no bairro Glória - em Joinville. Três minutos, três gols era o lema do Leão do Alto da rua 15 - o Glória de tanta tradição, história e craques da bola. A minha trajetória na imprensa começou oficialmente em agosto de 1975, no extinto Jornal de Joinville. O maior período de atuação, mesmo distribuído em duas oportunidades, foi em A Notícia, por exatos 24 anos e oito meses. O

Cada vez que ouvia o ronco de uma Lambreta nas redondezas de casa, lá no Alto da 15, podia descartar a presença de algum cobrador. Era com certeza a chegada de Arthur Hoppe. A distância entre nossas casas não era a mais de 400 metros, mas Hopão para qualquer lado que ia sempre estava acompanhado da sua motoca. Junto trazia notícias a respeito de seu novo esporte e clube - o tiro ao alvo seta da Sociedade Esmeralda.

Desta vez a caminhada foi para fazer o convite da festa do tiro rei. "Estamos te esperando na casa do seu Arthur Lindner. Ele vai pagar tudo", não pensou em disparar. E no sábado combinado lá estávamos, junto com o fotógrafo Roberto Adam. A foto principal da reportagem teria como cenário a casa do novo rei. Todos juntinhos para não deixar ninguém de fora do retrato, mas para isso o fotógrafo foi recuando.

Deu um, dois, três passos e parou com um estampido. Não foi nada. Só a vidraça da sala que deverá ser recolocada. A que estava ali por tanto tempo, o bumbum do Adam conseguiu fazer em mil pedaços, com um leve toque e peso de seu corpo.

Arthur praticamente me viu nascer e sempre teve um estrito laço de amizade com meu pai Ango e todos meus tios. É claro que as duas famílias - Hoppe e Dias - poderiam fazer um time completo do Glória e até com reservas. Para ouvir estas histórias, sempre que podia estava lá em sua tinturaria, na rua 15 de Novembro, 2.319 (esquina com Marquês de Olinda, onde o imóvel está à venda há vários anos). É claro que muitas outras pessoas sempre estavam em sua volta.

O tiro ao alvo completou uma trajetória vitoriosa de Arthur Hoppe na vida e no esporte. O futebol, onde se consagrou pelo chute potente, foi apenas uma parte desta rica herança esportiva que Hopão deixou. Ao mesmo tempo de atuar nos gramados pelo Glória, Arthur ainda esteve em jornadas do voleibol e basquete, além do iniciante futebol de salão, pelo Cruzeiro (Sociedade Esportiva Cruzeiro do Sul), na época que equipes e atletas catarinenses participavam como convidados dos Jogos Abertos do Interior de Santa Catarina e foram precursores dos Jasc (Jogos Abertos de Santa Catarina).

RDB/Arthur Hoppe, uma legenda do esporte amador de Joinville

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes.



 

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